A mulher que arranjei quis mesmo cantar de galo.
Derrubou asas e avançou veio me cortar no talo.
Pulei rápido pra escapar e caí fundo no valo.
E acertou o meu bumbum o trançado deu estalo.
Fui pousar em noite fria lá na casa do Gonçalo.
Cedo voltei negaceando pra arriar o meu cavalo.
Tornou de novo enfrentar e foi o pior dos abalos.
Apanhei igual gato no jirau o sino não deu badalo.
Já era nove horas e o sol na serra já vinha dando resvalo.
Ela fez um litro de caipirinha enfiou no meu gargalo.
Fez um vasto relatório só pisando no meu calo.
Fiquei igual carro de boi na subida cego surdo e nem falo
Amontei galopei e fugi derrotando o meu regalo.
Mais da hibrida sinto falta mais cansei de ser vassalo.
Fiquei igual sardinha na lata aliviei no desentalo.
Prematuro na jornada eu presenciei perder meu halo.
Composta em 12/2/2012