Arriei meu cavalo e subi num desfiladeiro
Fui costeando a serra e vi na sombra dum enjiqueiro
Um vulto muito estranho, apeei e pra lá fui ligeiro
Uma moça agonizava perto dum cão perdigueiro
Ele saiu correndo latindo, numa caverna entrou
Acompanhei e percebi, perto duma lata parou
Estava suja de sangue e mais na frente confirmou
Jagunço contando dinheiro, ao me ver se assustou
Na mira do meu revolver ele contou porque tinha matado
Esmeralda, tinha vendido uma casa no povoado
Ele fez ela beber veneno, esfaqueou, deu por acabado
Mas esqueceu do cachorro, que dela estava acompanhado
Tombei ele, em seguida explicando o resultado
Porque eu e Esmeralda de casar estava combinado
Dinheiro que ela levava no banco ia ser depositado
Nossa riqueza era unida num jugo de amor bem regado
Eu coloquei ela na garupa, coração arrebentado
Ele ficou na caverna, dei parte ao delegado
Daquele impasse absolvido, mais nada paga do resultado
Ficar sem amor de Esmeralda, no mundo estou arrasado
Composta em 29 de outubro de 2006, às 13h44