Na cidade que eu moro, é uma jóia com adorno.
Com mulheres atualizadas. Colocam os maridos no torno.
Desgraçados são contentes. Prevalecendo o suborno.
Cidade conhecida e premiada. É comarca só de cornos.
Não existe garanhão. Produz só gelados e mornos.
Enquanto viram sorvetes. Esquentam as esposas no forno.
Sem vergonha dos chifrudos. Famílias lidam com pornô.
Pornografia em requinte. Repórteres entrevistam os cornos.
Garanhões não cheiram nada. São enfastiados sofrem mormo.
Deixam os chifrudos abastado. Poupança não sofre estorno.
Tem grande prazer em ver. Sua mulher em escorno.
Os Jegues desta comarca. Levam no escanteio os cornos.
Eu que sempre fui sincero. Decepcionei fui no esborno.
Vivo esquentando o ferro. Martelando no bigorno.
Sem agüentar o peso dos chifres. Mais também recebo abono.
Só que eu não perco tempo. Meto o ferro logrando os cornos.
Composta em 10 de agosto de 2006 – às 09h16