Quem vestir esse vestido pode ficar doentia.
Pertence a uma mulher que deixou a casa vazia.
Olho e choro em todos os cantos findaram minha regalia.
Estava jogado no quarto com marcas de amor e poeira.
Lembro de quando ela partiu fechando aquela porteira.
Esquecendo seu vestido e batom na penteadeira.
Chorando sem ter consolo vivendo muito abatido.
Com o mundo muito grande, mas, pra mim é comprimido.
Dias triste e tenebroso nunca mais será esquecido.
Seus vestidos estavam guardados esperando sua volta.
Se você se retroceder te busco numa escolta.
Recebo de braços abertos sem haver jamais revolta.
O mundo para mim é doentio sem você estou de maleita.
Lembre que é minha rainha eternamente eleita.
Confio no seu pudor jamais haverá suspeita.
Com o primordial amor o mundo inteiro respeita.
Darei evidencia sublime quero ver-te satisfeita.
Vou prender numa gaiola de ouro caprichada e bem feita.
Quero ver a porteira gemer anunciando sua chegada.
Quero ver a inversão por ver você animada.
Venha usar teu vestido com a tua pose de fada.
Venha usar teu batom quero ver bem maquiada.
Esperarei com um gradeado de cerveja bem gelada.
Serei à você um diamante você esmeralda lapidada.
Composta em 18 de outubro de 2006 – às 13h05