Não é cachorro que late nem é monjolo que bate.
Tamanho disparate a cidade não vai ser a minha herança.
No sitio do meu avo que em tudo reinava amor.
Meu pai não soube dar valor tendo ideia de criança.
Lá não faltava amor de candura estufado de fartura.
Onde a paz brilha e fulgura hoje aqui é nojo de escravidão.
No emprego é rumor e perigo nós estamos isento de amigos
Peneirado que nem trigo pra não cair em contradição.
Aqui é tanto roubo e drogas nossa vida não prorroga.
É fumaça e agua que afoga do sitio só resta saudade.
Cidade é AIDES e dengue leva todos os merengues.
Manhoso só vira perrengue reclamação para as autoridades.
Deixem políticos que ganhem nem que o povão se arreganhe.
Na miséria todos apanhe quem mandou votar em tais.
Quero voltar pro meu sertão quem votou no mensalão
Só digo adeus ao fanfarrão e cidade para mim jamais.
Composta em 30;11;2013